Férias: Tempo de contemplar o céu e relaxar os olhos
O verão amazônico é a época ideal para explorar os encantos naturais de Belém, a capital paraense. Com mais de 40 ilhas, Belém oferece um cenário deslumbrante e diverso, perfeito para quem deseja aproveitar as férias em contato com a natureza exuberante da região. Mas há também aqueles que preferem se aventurar no mundo virtual, imersos nas telas de dispositivos tecnológicos. Seja qual for a escolha, é essencial cuidar da saúde ocular para aproveitar plenamente o verão. Com isso em mente, o Dr. Augusto Almeida, oftalmologista do Hospital Adventista de Belém (HAB), compartilhou dicas valiosas para evitar a fadiga ocular digital.
Segundo o portal da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), a fadiga ocular digital é uma consequência do esforço intenso dos olhos que se mantêm focados, sem piscar e expostos à luz dos dispositivos durante um longo período. Atualmente, ela está relacionada à permanência prolongada diante do monitor, o que pode levar ao desenvolvimento da Síndrome Visual Relacionada a Computadores (SVRC). Conforme a entidade que oficialmente representa os Oftalmologistas no Brasil, a SBO, a SVRC atinge cerca de 90% das pessoas que permanecem por mais de três horas em frente às telas digitais.
O médico oftalmologista, Dr. Augusto Almeida, orienta sobre a fadiga ocular digital, que é caracterizada por sintomas visuais e oculares, como cansaço e desconforto nos olhos, como secura ocular, irritação, coceira e sensibilidade à luz. Ele também indica medidas importantes para prevenir e aliviar a fadiga ocular: “Uma das principais orientações é fazer pausas regulares para permitir que os olhos descansem. Reserve de 20 a 40 minutos para relaxar a musculatura dos olhos. Assim como qualquer músculo em nosso corpo, os olhos também se cansam. Dentro deles, há um músculo responsável pelo ajuste do foco visual, e quando estamos com os olhos cansados, podemos começar a perder esse foco. Por isso, é essencial fazer pausas para manter nossos olhos saudáveis”, orienta.
Para diminuir os impactos do uso prolongado das telas, a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) dá algumas orientações:
ALTERAR AS CONFIGURAÇÕES DO COMPUTADOR
Tornar o tamanho das letras do texto duas vezes maior do que o habitual pode reduzir a fadiga ocular. Também fique atento ao excesso de cores: ler texto preto contra um fundo branco exige menos esforço para os olhos.
REDUZA O BRILHO DA TELA
Telas de proteção anti-reflexo podem ser aplicadas a computadores e celulares. Para celulares já se tem aplicativos que reduzem o excesso de luz azul (luz emitida pelas telas, que produz efeitos nocivos ao corpo). O uso de óculos com lentes apropriadas também podem ajudar.
AJUSTE O CONTRASTE DA TELA
Altere as configurações para a tela ficar brilhante apenas o suficiente para que a leitura não exija esforço. Muito brilho não faz bem, mas pouca luz, também não. Lembre-se de que o contraste ideal depende da luz ambiente e pode variar em dias mais claros ou mais escuros.
VERIFIQUE A ILUMINAÇÃO DO AMBIENTE
Que deve ser distribuída de forma uniforme, evitando sombras, reflexos, contrastes e ofuscamentos. Evite ficar com a tela de frente para luz natural. Respeite os níveis mínimos de iluminância que devem obedecer aos valores estabelecidos pela norma brasileira NBR 5413, registrada no INMETRO.
DISTÂNCIA DO MONITOR
Mantenha-se a mais ou menos um braço esticado do monitor, com a tela na altura dos olhos, fazendo os ajustes, quando necessário. Ao celular e tables, não permanece com os olhos muito próximos das telas.
REGRA 20-20-20 PARA PREVENIR E ALIVIAR A FADIGA OCULAR DIGITAL
Esta é uma regra muito simples e tem esse nome porque estabelece que a cada 20 minutos passados olhando para uma tela, a pessoa deve desviar o olhar para algo a aproximadamente seis metros de distância e fixar a visão por 20 segundos. A regra 20-20-20 foi projetada pelo optometrista californiano Jeffrey Anshel como um lembrete fácil para fazer pausas e evitar cansaço visual.
VISITE UM ESPECIALISTA E ATENTE AOS CUIDADOS COM OS DISPOSITIVOS DIGITAIS
Aos primeiros sinais e sintomas procure oftalmologista e faça exames regularmente. Assim como para outros efeitos complexos e sutis em nosso bem-estar psicológico com o uso de dispositivos digitais, procure um especialista. A permanência pode ser tornar viciante para alguns indivíduos suscetíveis, incluindo os jovens. O uso exagerado, incluindo as mídias sociais, podem ainda ocasionar a ansiedade, depressão, prejudicar a autoidentidade e a imagem corporal.
Se policie quanto ao tempo de uso (hoje já é possível nos celulares configurar tempo de uso e baixar aplicativos com essa função). Uma desintoxicação digital requer força de vontade. Mude sua rotina. Acrescente outras atividades prazerosas na sua rotina que tenham interação social.