HAB sedia fórum de discussão sobre o uso sustentável da biodiversidade da Amazônia
Para reforçar o seu compromisso com a inovação científica e o desenvolvimento sustentável, o Hospital Adventista de Belém (HAB) sediou, entre os dias 11, 12 e 13 de setembro, o 2º Simpósio Amazônico de Ciências Farmacêuticas (Amazon Farma). O evento destacou o uso da biodiversidade amazônica como uma fonte rica para pesquisas e avanços nas ciências farmacêuticas. O simpósio aconteceu no auditório Irineu Stabenow, localizado no 5º andar do prédio garagem do hospital, e reuniu especialistas para discutir temas cruciais para a saúde e a preservação do meio ambiente.
Promovido pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas da UFPA (PPGCF), o evento trouxe uma proposta inovadora: extrair da floresta insumos para medicamentos e biocosméticos, agregando inovação tecnológica sem comprometer o meio ambiente. A ideia central é que ciência e preservação podem, e devem, caminhar juntas, valorizando a biodiversidade amazônica de forma sustentável.
A professora e doutora do PPGCF, Cristiane Maia, reforçou essa perspectiva ao afirmar: “O intuito é manter a floresta em pé, porque é ela que nos nutre. É dela que vem o ar que respiramos, o alimento que consumimos. A gente pode, sim, agregar valor à floresta e, ao mesmo tempo, garantir qualidade de vida para os povos que vivem nela.”, explicou.
O futuro da farmacologia na região
Com uma variedade de atividades, que incluiu palestras, minicursos e rodas de conversa, o evento integrou em sua programação o 2º Seminário de Fármacos e Medicamentos. Essa fusão transformou o HAB em um palco de debates relevantes para o futuro da farmacologia na região. Além disso, o evento se alinhou diretamente às práticas sustentáveis do projeto “Um Novo Hospital”, que modernizou a infraestrutura do HAB com foco na sustentabilidade.
Uso ético e inovador dos recursos naturais
A sinergia entre o simpósio e o projeto do hospital revela um propósito comum: valorizar a Amazônia e promover o uso ético e inovador de seus recursos naturais. Ambos caminham na direção de um futuro mais sustentável, em que ciência, saúde e preservação ambiental estão entrelaçados. O AmazonFarma reforça a visão do HAB de se tornar uma referência em práticas ecoeficientes e em cuidados de saúde que respeitam o meio ambiente, projetando um futuro mais verde para a Amazônia e suas comunidades.
Programação diversificada e temas de grande relevância
Com uma programação diversificada e temas de grande relevância, o simpósio revisitou discussões essenciais sobre o papel da biodiversidade amazônica no futuro da saúde e da economia. O painel de abertura do AmazonFarma reuniu diversas autoridades científicas para discutir o tema “Potencial bioeconômico da sociobiodiversidade amazônica”. Além disso, minicursos sobre “Produção de cosméticos verdes com insumos amazônicos” e o “Potencial terapêutico do sistema endocanabinoide” enriqueceram a programação, oferecendo aos participantes uma visão prática e inovadora sobre os recursos da floresta.
No segundo dia, o evento começou com uma roda de conversa intitulada “Diálogos com a comunidade”, promovendo um espaço de interação direta com o público. A programação seguiu com um workshop de pesquisa e desenvolvimento, abordando os “Desafios ao desenvolvimento de produtos farmacêuticos na Amazônia”. Já no período da tarde, os participantes tiveram a oportunidade de assistir a uma série de palestras, cujos temas exploraram a indústria dermocosmética na região, o desenvolvimento de produtos naturais e o potencial econômico da biodiversidade amazônica na área farmacêutica, destacando o impacto dessas inovações para o mercado.
2º Seminário de Fármacos e Medicamentos
O encerramento do simpósio, realizado no dia 13, foi reservado ao 2º Seminário de Fármacos e Medicamentos, que teve como foco principal o uso de “Produtos naturais no tratamento de doenças”. As palestras do seminário abordaram temas cruciais, como infecções bacterianas, doenças negligenciadas e o impacto crescente da cannabis medicinal, levantando a questão: “A Cannabis chegou para ficar: para quê e para quem?”.